segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Saudade




Aperto no peito. Atos no tempo, na duração. Experiências vivas, fulgídias, agora. Apertam-me a garganta, habitando a memória. Pondero, nostálgico, o que foi: as pessoas, os abraços, os beijos, os afagos, os carinhos, os amassos, as conversas, os conselhos, as discussões, as brigas, os xingamentos - a vida vivida em si, nada além. As quero de volta. Aqui, ao lado. Contudo, não posso, já foram vividas. Apenas, o que posso é enviar uma carta, escrita no ímpeto das coisas pretéritas, e borrada pelas salinas lágrimas que lembram, e aguardar resposta. No caso, ter algumas notícias de quem se quer perto e está longe. Alhures, quiça. No mais, se não houver resposta, fico apenas com o que tenho: esperança do reencontro, lembrança do que foi e não é mais.
(Felipov)

3 comentários:

Unknown disse...

Nossa, nova fase: temática, sem cafés (trocado pelo chá kkkkk), estrutura textual!! Curti demais!!! Parabéns amigo!!! Adorei essa foto.
Bjos ^^

Patricia disse...

ah...Putz
as lembranças as vezes me devoram... Parecem tão concretas, que chego a senti-las comigo

Camila Travassos disse...

Gosto de texto curto. Curtíssimos então! Nem fale!
Como disse, estou gostando bastante desse Felipov versão 2011. Quero chegar a essa concisão, hein!

♫♪ E por falar em saudade, onde anda você? ♫♪

(:

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