segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Devir




Estou passando por um momento de mudanças. É certo que todos já passaram por mudanças, mutações, metamorfoses – a existência humana é marcada pelo dever-ser, pelo vir-a-ser. Consciente ou não. Acredito que as minhas são conscientes – e isso, inevitavelmente, faz-me pensar, refletir e sentir. Não sei, talvez tenha transformado a mudança em um estado de ser, e não mais de estar, como outrora. Tenho procurado resolver problemas e pendências. Questões e problemas que pensei que havia resolvido com algumas ponderações e experiências passadas. Ledo engano. Enganei-me, elas continuam. Perpetuam-se, provocando algum mal-estar, e me fazendo perder, errar. Nunca havia ponderado tanto sobre a existência, a liberdade e a profusão das possibilidades de escolha, bem como, a restrição que a vontade, o desejo, a moral e uma conduta ética provocam. O meu problema fundamental é: tenho sentido pouco – se minha ponderação estiver correta. Sentimentos rasos me dominam. O Ego me domina. Talvez não seja sentir pouco, seja apenas sentir a mim mesmo. Sentir, sob o meu ponto de vista, apenas. Talvez eu seja apenas mais um egoísta que tem vergonha de sê-lo. Talvez, apenas.
(Felipov)

1 comentários:

Patricia disse...

Mudanças...é uma coisa que deixa a gente muito desnorteado
Essas mudanças...só acontecem devido a escolhas que fazemos na vida
E como é dificil fazer essas escolhas... Por que sabemos exatamente isso...elas podem mudar TUDO

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