segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O professor




Ontem foi o primeiro dia de aula. Tudo se tornou peculiar, raro, singular, único. O professor percebeu que o ato de ensinar é a um só tempo o ato de aprender, ensina-se e aprende-se. Os alunos constataram que a "lição" do professor não era mais para “passar” na prova, decorar e fazer questionário, mas ela estava em suas vidas. As explicações da sala de aula estavam para ser vistas na rua. O saber da escola estava desvelado na esquina de casa. O professor vive e aprende ao ensinar. Os alunos, agora, vivem o que aprendem. As barreiras entre escola e sociedade foram quebradas, sendo que sempre houve tal relação, mas o que se aprendia na escola não se via na rua. A rua invadiu a escola. Compreender a rua é a função da escola. Explicar a vida dos homens que andam nas ruas é o papel da escola. Constatar os problemas sociais das ruas e pensar formas de modificação, soluções é a finalidade primeira da educação. Ninguém aprende sozinho. Os homens aprendem em sociedade. O ato de ensinar-aprender é coletivo. Modificar é igualmente coletivo. Eis a educação: aprender a transformar.
(Felipov)

1 comentários:

Patricia disse...

Parece tão utópico esse ideal...
-O dia em que a escola ensinará o cotidiano...(afinal é isso que desperta o interesse do aluno)
-O dia em que a memória e a decoreba não serão mais exigidos mas...sim a apreensão do conteúdo


A educação precisa mudar urgentemente

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