quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Filosofia



 
 “A filosofia é uma grande putaria das idéias que
 usa os dedos dos conceitos, a língua dos sistemas,
a chupada dos paradigmas
 com o objetivo de foder a vida”

(Punheteiro desconhecido)



Eu detesto filosofia. Ela nada mais é do que uma grande masturbação mental. Uma masturbação de conceitos, teorias, paradigmas, sistemas e teses.  Digo masturbação porque geralmente se pratica sozinho. E pateticamente, se tem prazer com tal exercício. Uma masturbação que surgiu da desigualdade. O tal do “milagre grego” é uma criação advinda do ócio da escravidão. Os cidadãos gregos pensantes, peripatéticos nas Ágoras de Atenas, discutiam sobre a natureza e a razão, o sentido e a origem, as causas finais e iniciais, da arte, da política, da sociedade, da puta que pariu, enquanto uma maioria era submetida às vicissitudes do trabalho compulsório. Uns se masturbam, outros se fodem trabalhando. Platão e a sua esquizofrenia idealista procuram criar um mundo das idéias, perfeito e inteligível, do qual mundo material seria apenas um reflexo imperfeito. Esta forma manca de pensar a realidade foi mais tarde chamada de Metafísica, pelo mais dileto discípulo de Platão: Aristóteles. Aquele mesmo que considerava que a vida brotava da matéria inorgânica, no qual um pedaço de carne gerava espontaneamente larvas de moscas, dentre outras não poucas desprezíveis verdades sobre poética, ética, arte e política, tudo isso baseado na sua teoria das quatro causas do seu peculiar silogismo. A maiêutica ficou por conta de Sócrates. Um dos raros exemplos de lucidez filosófica. Ele estimulava a masturbação alheia com suas questões existenciais. Apreciava bastante interpelar ingênuos mancebos, pois queria ajudá-los em suas primeiras especulações – ele era safadenho. Praticamente, foi ele criou as bases da masturbação ocidental, no qual a maiêutica é seu método por excelência. Porém, esse exemplo de lucidez não deixou vestígios materiais de sua existência, dizem as más línguas que ele era uma criação imagética de Platão. Vá saber, mas ficou o caso de mastubador exemplar. Claro que a masturbação não pararia por aí. Não quero nem falar da patrística – os recalcados que se masturbavam para provar a existência de um ente superior. Simplesmente doentio. Descartes acreditava que a masturbação fundamentava a sua existência – Cogito, ergo sum. Leibniz dizia que era mônoda. Spinoza afirmava de pé junto ser imanente. Hume deseja a experiência concreta, um empirista nato – obviamente, frustrou-se. Enquanto o Kant, o complicado Kant, considerava que podia fazer isso a priori – só ele mesmo. Já que chegamos aos alemães, estes são metidos a masturbadores profissionais. Hegel no seu cinco contra um dialético criou um sistema que era regido em função do Espírito Absoluto. O barbudo barrigudo chegou esculhambando e dizendo que até aceitava a dialética, mas que não tinha porra nenhuma de Ideia, Espírito, Belo transcendente, e que a sua masturbação era com coisas reais, com condições materiais de existências, pois amar e mudar o mundo eram seus objetivos libidinais. O bigodudo do Nietzsche se achava o mais picudão de todos, e ele com o seu Ego do tamanho do meu pau só queria a vontade de potência e ser o super-homem – esse pessoal que se acha é foda. Vou deixar o Freud de lado porque isso viraria uma grande perversão psicanalítica.  O Sartre queria a liberdade. Simone de Beauvoir a alteridade feminina. A Arent era pela política. Os frankfurtianos gostavam de fazer assistindo cinema e peças de propaganda – vendo as sacanagens na grande mídia. Foucault, Deleuze e Guattari queriam desconstruir a modernidade, e, ao mesmo tempo, gozar a pós-modernidade – com o sêmen de relativismo e subjetividade.  E o Fukuyama julgava que tínhamos chegado ao fim da História desta sacanagem masturbativa. Acredito que se enganou. Outros tantos demonstram que essa masturbação é perpétua enquanto tiver mente humana disponível. A propósito, pensando melhor, deixa eu ir ali pensar na vida...
(Felipov)

5 comentários:

Anônimo disse...

Simplesmente fantástico, bobinho! A maturidade da escrita bobística, muito bom acompanhar esse percurso. =) Tua fã. Uma punheta em sua homenagem xD
Rafa.

Camila Travassos disse...

Genial.

(:

Juliana Brandão disse...

Genial é pouco...
Adorei, chato incompreendido! Gargalhei horrores xD

Eveline disse...

Dizer que o Felipov arrasa em suas incursões filosóficas e literárias jé é lugar comum. Ele é bom nisso, de quebra, ainda produz material para futuras aulas de teoria da história kkkkkk Parabéns Bobinho!

Anônimo disse...

- Fico imaginando o que falarão sobre os Marxistas.
¬¬

Nicoly Uchôa.

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