Diante do espelho, não vejo imagem. Vejo um espectro chamado: Eu. Diante dos homens caminho a esmo entre miséria e opulência. Diante da vida, fico sem respostas, com eternas perguntas. O observador modifica sua posição. Altera-se. Movimenta-se. No entanto, a vida continua parada. Ou aparentemente parada. Status quo ad infinitum. Na verdade, essa é uma percepção muito própria do observador. O observa-dor. A dor dos transeuntes alhures. A qual, igualmente, o observador compartilha. Mesmo que se movimente, ande, desloque-se socialmente, não fica indiferente. O observador sou Eu. Ego. Ego no mundo que compartilha dos sentimentos alheios. O Eu que quer mudanças. Eqüidade. Justiça. Liberdade. Que outros Eu desenvolvam seus potenciais. Uma sociedade na qual os Eu, valorizem, cotidianamente, em atos naturais, o Nós. Que os Eu, em Paralaxe, modifiquem-se a si mesmo, e, por extensão, contribuam para a Paralaxe social. A Paralaxe do Eu conduza para a Paralaxe do Nós. A Revolução é a Paralaxe do Eu, e, por sua vez, a Paralaxe do Nós. Status quo ad finitum.
(Felipov)
1 comentários:
E tudo se torna, pois, finito.
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