quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Estrangeiro

Esses tempos
sinto-me um estrangeiro.
Sinto-me no não-lugar.
Um estranho.
Um inadaptado.
Um Outro.
Não há referência.
Não há lugar no
familiar, no corriqueiro.
Há, sim, cansaço, fadiga
de tudo, de sempre,
do mais do mesmo.
Da província, do local,
do focal, do estreito,
da bitola habitual.
Frio na praia,
conversas chatas,
escrever na praça,
diversão de graça,
solidão grata, e
amor na garrafa.
É disso que preciso.
(Felipov)

2 comentários:

Rodrigo disse...

Eu gostei desse Felipov!!
Mas tô te achando repetitivo nos demais, linguagem e citações das influências de sempre, vamos ler outras coisas (queridinho?!), há vida além de pessoa e drummond. E vamos tentar adentrar pelas crônicas ou contos (queridinho?!) Tentar restringir tuas ideias ao formato poético, muitas vezes pode tolir ou limitar a ideia inicial - sendo que sempre há uma boa distância entre o pensar e o escrever que já distorcem o objetivo do autor - Uma estrelinha...

Felipov disse...

Certo, certo. Concordo. Na verdade, devo expandir influências, o Drummond e Pessoas já são partes integrantes da escrita. Mas isso é mais questão de identificação mesmo. Quanto a prosa, tenho que desenvolvê-la mais, tenho que exercitar a produção de textos curtos - sabes da prolixidade da pessoa ¬¬. Obrigado pela "chamada de atenção" (queridinho! ahauhaa).

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