Esses tempos
tenho procurado
a tranqüilidade
da vida só
Ao sabor de boas prosas
dos amigos presentes
Copiosas leituras da poesia
que passa nas horas, com as
mãos dadas do doce itabirano
Na melodia de músicas
instigantes ao tom de Chopin
e o Chico de sempre
Nesse ínterim, uma coisa aprendi:
a vida tem sua lógica própria
Não é necessário correr,
procurar ou gritar
Ela bate a porta
com suas surpresas:
alegrias, amores, dissabores
Nos leva e nos a levamos
De facto, nos atuamos
e ela atua na gente
E é nesse leva e traz
dialético, contraditório,
de dupla determinação,
em que vivemos
e que seguimos
guiando nossas vidas, e
que apenas a nós temos,
sempre...
terça-feira, 25 de maio de 2010
Detalhe
Meu caro amigo
Uma coisa aprendi
sobre o amor
na última hora:
O detalhe o faz
As ínfimas coisas
Gestos
Afagos
Carinhos
Carícias
Sublimações
Pensamentos
Anseios
Aflições
Ciúmes
Alegria simples
e incontida
sem razão de ser
Contentamento
do simples sentir
Os beijos tácitos
marcantes do simples
toque dos lábios
Os momentos
de doce intimidade
e seus sussurros ao natural
Ou menos, a simples palavra
elogiosa, um comentário qualquer
O compartilhar a vida nos seus detalhes
Essas sutilezas, não valorizadas
É que definem o amor
A felicidade, do qual resulta, é
tecida ternamente nos detalhes
Meu caro, os detalhes, atente pra eles
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Sentido (?)
Não estou bem
Mas, quem está?
Ontem, depois de acordar,
percebi como não estava bem...
Não sei o que é...
Um mal-estar, não sei bem o que é...
Só sei que não estou bem,
pensei bastante no que acontece
comigo, mas esforço em vão
Sem esclarecimento, sem resposta
Talvez, e lanço essa tese,
porque, enfim, há de ter uma explicação:
eu esteja cansado de mim
De me levar tão a sério
Da vida que levo
Do que conheço, reconheço e desconheço
O meu embrutecimento,
o meu afastamento das pessoas e amigos
A falta de paciência
A irritação fácil
Esse hábito de sofrer,
que tanto me diverte – seria itabirano?
A chatice e rabuchice peculiar,
quem sabe eu não precise mudar
Contudo, qual seria o sentido da mudança (?)
Porque, uma das poucas certezas que tenho,
o problema é uma questão de sentido
De ver sentido nas coisas, pessoas e sentimentos
Ficar sentido, procurar sentido
Fazer sentido, sentir sentido
O velho sentido moderno de ver o mundo
(Felipov)
Mas, quem está?
Ontem, depois de acordar,
percebi como não estava bem...
Não sei o que é...
Um mal-estar, não sei bem o que é...
Só sei que não estou bem,
pensei bastante no que acontece
comigo, mas esforço em vão
Sem esclarecimento, sem resposta
Talvez, e lanço essa tese,
porque, enfim, há de ter uma explicação:
eu esteja cansado de mim
De me levar tão a sério
Da vida que levo
Do que conheço, reconheço e desconheço
O meu embrutecimento,
o meu afastamento das pessoas e amigos
A falta de paciência
A irritação fácil
Esse hábito de sofrer,
que tanto me diverte – seria itabirano?
A chatice e rabuchice peculiar,
quem sabe eu não precise mudar
Contudo, qual seria o sentido da mudança (?)
Porque, uma das poucas certezas que tenho,
o problema é uma questão de sentido
De ver sentido nas coisas, pessoas e sentimentos
Ficar sentido, procurar sentido
Fazer sentido, sentir sentido
O velho sentido moderno de ver o mundo
(Felipov)